Hoje é um dia importante no combate à homofobia

Hoje é um dia importante no combate à homofobia

Hoje, 17 de maio, é comemorado o Dia Internacional de combate à LGTBfobia. A data é celebrada desde 1990, quando a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, entidades nacionais e internacionais convocaram em todo o país a VI Marcha Nacional Contra a LGTBfobia, que neste ano tem como tema a defesa "das vidas Trans, da Política Nacional LGBT e mais Democracia!".

O movimento lançou um manifesto em que pontua conquistas da última década, além de lamentar o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e as “graves possibilidades de retrocesso que se abrem diante da maioria conservadora e reacionária que domina o Congresso Nacional”.

"Estaremos em mobilização constante no próximo período. Este Congresso, em vários momentos, tenta violar nossos direitos através de proposituras de projetos de leis que criminaliza os movimentos sociais e pessoas que vivem com HIV/Aids", diz trecho do documento.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:

"É necessário e urgente que as questões LGBT, da diversidade sexual e de gênero, do combate a LGBTfobia, se reposicionem na agenda dos Direitos Humanos no país. Sabemos que só participando da democracia e ocupando seus instrumentos criados a partir de muita luta política, que avançaremos no sentido de uma política que garanta a vida digna a qual todas merecemos.

Aprovamos nas duas primeiras conferências LGBT o fortalecimento de estruturas e organismos de políticas LGBT (Conselhos, Coordenações e Planos) a qual denominamos Tripé da Cidadania LGBT. Tivemos após a segunda etapa conferencial o lançamento do Sistema Nacional LGBT. Vimos que a criação destes instrumentos contribuíram para existirmos de maneira mais orgânica dentro da estrutura estatal. Contudo, sem orçamento e capacidade de gestão seguimos imersos num doloroso cenário de violência, desrespeito e abuso do mais variado grau.

Acreditamos que o ano de 2016 tem sido determinante para as lutas sociais e civilizatórias. A aprovação do impedimento de uma Presidenta da República legitimamente eleita por meio de um Congresso Nacional de maioria conservadora, reacionário e golpista nos coloca em mobilização constante no próximo período. Congresso este que em vários momentos tenta violar nossos direitos através de proposituras de projetos de leis que criminaliza os movimentos sociais e em outros momentos as pessoas que vivem com HIV/Aids.

A disputa eleitoral que ocorre nos municípios este ano nos desafia a dialogar com amplas plataformas políticas que garantam o avanço do pacto federativo e aprofundem a democracia. Necessitaremos de um amplo processo de mobilização para conseguir resguardar as vitórias que tivemos até aqui e aprofundá-las ainda mais. Neste cenário percebemos como é fundamental haver um tema aglutinador para uma luta nacional, uma agenda coletiva, que nos mantenha em processo de luta."

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