Nesta quarta-feira, dia 26, é comemorado o Dia dos Avós, figuras que são essenciais na vida das crianças. Tem algo melhor que as comidinhas, os mimos e brincadeiras deles? Não, né! No caso da Márcia Sartori, moradora de Jundiaí, esse convívio transcedeu a infância e a adolescência e hoje, com 49 anos, ela ainda tem a vovó por perto.
Na verdade, nem tão perto assim. Dona Deolinda de Oliveira, de 101 anos, mora em Santa Fé do Sul, cidade que fica na divisa com o Mato Grosso. Daqui, são aproximadamente 570 quilômetros. Márcia garante que a saudade é grande.
"Já falei com ela hoje por telefone, desejando feliz Dia dos Avós pra ela. A saudade é sempre presente, mas parece que quando fala, fica ainda maior. Todas as vezes que eu visito ela, eu saio chorando. Na hora de dar tchau, eu desmonto. É muito bom ter ela entre a gente", contou a neta.
Mesmo morando longe, avó e neta foram sempre muito próximas. Márcia veio para Jundiaí com 11 meses, mas todas as férias ia para o sítio de Dona Deolinda. "Era uma delícia, a gente chegava lá e ela fazia todos os doces possíveis. Ela cozinhava no fogão à lenha e sabia o que cada neto gostava. Ela era uma gracinha", comentou.
E a família é grande: são 10 filhos, 26 netos, 31 bisnetos e 6 tataranetos. E, apesar de muitos morarem em cidades diferentes, no ano passado a maioria conseguiu se juntar, no aniversário de 100 anos de Dona Deolinda.
"Nós fizemos uma festa bonita. Eu fiz a decoração da festa, minha sobrinha fez um poema, minha prima cantou para ela. Ainda teve homenagem, muitas fotos antigas. Não teve um que não chorou", garantiu.
E, apesar da distância, Márcia sempre tenta estar perto da avó. "Fui no mês passado para lá, nos 101 anos dela, passamos o Natal juntas também. Não sabemos até quando estaremos com ela, quero estar perto. E ela é lucida, bem consciente. Sou suspeita para falar, mas ela é um orgulho para nós".
Dois anos atrás, Márcia ainda realizou duas vontades de Dona Deolinda: visitar Minas Gerais, onde morou na infância, e o santuário de Aparecida do Norte. Ela ainda passou um tempinho em Jundiaí e, no fim das contas, foi um mês com a neta e a vovó bem pertinho uma da outra, aproveitando cada momento. Tem algo melhor?
