Um morador da rua Benedito Chrispim, no Jardim Santa Gertrudes, foi multado em R$ 2 mil pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da Prefeitura de Jundiaí por se negar a limpar as dependências de seu imóvel que oferece risco à saúde pública, com possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypit. Segundo a Vigilância, o local pode facilitar a proliferação de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela.
De acordo com o veterinário Luis Gustavo Grijota Nascimento, o morador que foi multado é um "velho conhecido" da UVZ e a multa foi aplicada após ele ter sido notificado e orientado por diversas vezes.
"Ele foi orientado pelos nossos agentes sobre o risco que ele estava oferecendo aos moradores do entorno e a ele próprio, porém ele se negou a receber o auto de infração", explica.
A multa de 80 UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) foi publicada na Imprensa Oficial da última sexta-feira, dia 23.
Cada UFESP vigente corresponde a R$ 25,70. De acordo com o veterinário da UVZ o valor da multa depende da intensidade do risco oferecido e pode ser aplicada de 10 a 10 mil UFESP de acordo com cada caso. "Levamos em consideração o momento epidemiológico, o número de criadouros e a situação do local", explica.
13 multas em 2017
Esta foi a primeira multa deste tipo aplicada pela Unidade de Vigilância de Zoonoses neste ano. Em 2017, foram registradas 13 autuações no total. Na opinião do veterinário Nascimento essa é uma medida drástica que funciona. "Em todas as multas aplicadas no ano passado, o problema foi resolvido em 100%", informa.
Conforme balanço divulgado no último dia 8, Jundiaí registrou 87 notificações de casos suspeitos de dengue, mas apenas um foi confirmado, 'importado' da Praia Grande. Ainda de acordo com a Zoonoses, há seis notificações de chikungunya, todas aguardando resultado.
Não há notificações de zika até o momento. No caso da febre amarela, foi confirmado o registro de caso positivo em humano (recuperado) e uma morte suspeita em um morador da cidade.
