A jornalista jundiaiense, C.M. trabalha no Ministério da Integração Nacional, em Brasília, há quatro anos.
Na tarde desta quarta-feira (24), ela vivenciou todo o clima de guerra na Esplanada dos Ministérios, por conta das manifestações em favor da renúncia do presidente Michel Temer. À reportagem do Tribuna de Jundiaí, ela narrou, praticamente em tempo real, os momentos de violência e pânico. “Descemos correndo pelas escadas. Mandaram evacuar e corremos. Tem fogo nos prédios já”, relatou, enquanto buscava um lugar com mais segurança. Momentos antes, ainda no prédio do ministério, conseguiu registrar com seu telefone celular a chegada da cavalaria e uma parcial dispersão do protesto. Após a breve conversa com a nossa reportagem, a jornalista teve de interromper a conversa por mensagens.
No mesmo momento, surgiram registros com a imagem do Ministério da Agricultura depredado e pegando fogo. A PM atirou balas de borracha e gás lacrimogênio, enquanto manifestantes atiravam pedras e tentavam avançar em direção ao Congresso.
Pegando fogo
Os manifestantes pedem a renúncia do presidente Michel Temer e criticam as reformas trabalhista e da Previdência. Às 15h50, havia cerca de 35 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo a PM. Quatro pessoas foram detidas e uma ficou ferida por arma de fogo, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. O governo autorizou o uso de tropas federais para conter o protesto. Por causa do tumulto, boa parte dos manifestantes começou a deixar a Esplanada dos Ministérios por volta das 16h15.