Entidades de caminhoneiros descartam nova greve

Entidades de caminhoneiros descartam nova greve

Neste final de semana circulou ela internet a notícia de uma possível nova paralização dos caminhoneiros, por meio de uma nota divulgada pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), que garantia nova greve a partir do próximo dia 9.

No entanto, a convocação feita pela UDC não foi reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros, como a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) - a principal liderança da greve de maio - e sindicatos de diversas regiões do País.

Nota se deu após aumento de 13% no preço do diesel, anunciado pela Petrobrás na sexta-feira (31). No sábado (1º), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que atualizará a tabela que define os preços dos fretes justamente em razão da variação no preço do combustível.

Com isso, representantes das principais entidades de caminhoneiros disseram neste domingo (2), ao Portal G1, que negociam com o governo após a alta do preço do diesel anunciada pela Petrobras.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, não há chance de paralisação entre os associados da entidade.

Diumar disse ainda que não conhece a UDC, que ameaçou nova paralisação. "Entidade que não é oficialmente reconhecida sindicalmente há milhões. Não tem validade, não tem poder legal nem de responder nem de representar a categoria. E, se fica nessa condição de a gente dar ouvido, surge muito, como movimento para fazer palanque", completou.

A Associação Brasileira dos Caminheiros (Abcam) também afirma que não apoia uma eventual nova paralisação e acrescenta que não há indicativo de nova greve por parte dos caminhoneiros. Juntas, as associações reúnem 1,5 milhão de caminhoneiros.

"A Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o governo federal. A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação, afirmou a entidade.

Segundo a Casa Civil, o governo federal está cumprindo o que foi combinado com os caminhoneiros em maio e continua dialogando com a categoria. Em nota, a pasta informou ainda que as ameaças de paralisação não são dos líderes que comandaram a greve há pouco mais de três meses.

UDC

A nota divulgada pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) diz que caminhoneiros da entidade afirmam farão uma mobilização em todo o país após o feriado da Independência (dia 7 de setembro) e por tempo indeterminado.

A UDC acusa o governo de não ter cumprido o prometido em relação ao preço do diesel, que na última sexta-feira (31) teve reajuste de 13%.

A lei que estabeleceu a nova política de frete prevê revisão dos pisos mínimos caso o combustível tenha oscilação superior a 10%, para acomodar o aumento de custos dos caminhoneiros.

A entidade reclama da falta de fiscalização nas estradas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). A UDC pede mais fiscais e postos de fiscalização que obriguem às transportadoras a cumprirem a tabela mínima do frete.

“Pedimos imediatamente as seguintes providências afim de que a população brasileira não sofra os danos de uma nova paralisação”, afirma a nota.

Os caminhoneiros da UDC também reclamam da atuação da ANTT e pedem a dissolução da diretoria da entidade.

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