Idealizadora da Marcha da Consciência Negra fala sobre a importância da data

Idealizadora da Marcha da Consciência Negra fala sobre a importância da data

Marlene Alves da Costa, da Comissão Organizadora da Marcha da Consciência Negra de Jundiaí, em entrevista para o Tribuna de Jundiaí, falou sobre a importância da data da Consciência Negra e sobre as atuações do movimento em Jundiaí.

Confira:

Tribuna de Jundiaí: Qual a importância da data? 

Marlene: Marchar no dia 20 de Novembro, importante data comemorativa de Zumbi dos Palmares - Herói Brasileiro, é uma forma de fortalecer a construção da população Brasileira e um modo de lutar contra as desigualdades de todo povo excluído.

Tribuna de Jundiaí: Quais ações vocês realizam anualmente em alusão à conciência negra? 

Marlene: Diálogo e comunicação com colégios, escolas, institutos e faculdades, troca de experiências com outros municípios com a temática da igualdade racial. Fazemos o tributo da mulher negra latina americana e caribenha no dia 25 de Julho dia de Teresa de Benguela. Dia 20 de Novembro a Marcha da Consciência Negra. Divulgação da década Internacional dos Afrodescendentes. Distribuição gratuitamente do Estatuto da Igualdade Racial. Participação em Conferências, Fóruns, Congressos, Cursos, Palestras relacionadas à temática étnico racial. Atividade e Ação foi levar nosso público para assistir o filme pantera negra, no cinema.

Tribuna de Jundiaí: Sobre a Marcha da Consciência Negra: quando ela começou na cidade? O que vocês tentam fomentar por meio dela? Ela cresce a cada ano? 

Marlene: A Marcha da Consciência Negra é um marco na união das diversas entidades ligadas ao movimento negro de Jundiaí e região. A Marcha é um movimento sem fins lucrativos, sem políticas partidárias e religiões.

Com início em 2012, tentamos fomentar as nossas bandeiras de luta como a implementação da lei 10639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro brasileira em nossas escolas; Combate ao racismo, discriminação, preconceito, homofobia e machismo. Por reparações históricas para a população negra jundiaiense. Combate as manifestações preconceituosas e visões estereotipadas da população negra no meio de comunicação; Pelo Feriado Nacional e no Estado de São Paulo, no dia 20 de Novembro dia Nacional da Consciência Negra; Pelo cumprimento do Estatuto da Igualdade Racial.

Sim, estamos na 7° edição e a Marcha cresce devido a participação de novos movimentos.

Tribuna de Jundiaí: Vocês costumam atuar em casos de racismo na cidade, acionando o Ministério Público em alguns deles. Qual foi o caso mas recente e como está o andamento dele?

Marlene: Sim, costumamos atuar em casos de racismo, discriminação racial e preconceito, devido a procura da sociedade civil encaminhamos para a Assessoria da Igualdade Racial, Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Jundiaí e Câmara Setorial de Etnias, também em reunião na Ata da Marcha da Consciência Negra e Ministério Público.

Tribuna de Jundiaí: Há outros casos de racismo na cidade em que vocês tiveram forte atuação e conseguiram punição para o crime?

Marlene: Vários casos e cada um com andamento diferentes, principalmente casos de repercussão e que tivemos forte atuação. Temos outros casos em andamento aguardando uma definição.

Tribuna de Jundiaí: E sobre a marcha desse ano, que ocorre nesta terça-feira (20), qual a expectativa? Será qual horário e em qual lugar?

Marlene: A expectativa para o dia foi estimado cerca de 1000 pessoas de Jundiaí e região, a mobilização destes participantes será feito através de propagandas em rádio, TV, Panfletos, Cartazes e Camisetas entre outros meios de comunicação. Horário às 09:30hs concentração. Será na Rua Barão de Jundiaí n.109 Centro, Jundiaí - SP.

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