“Eu cresci em uma barbearia”, conta Fernando Henrique Martins, barbeiro e proprietário da barbearia Coronel Bigode, localizada na Vila Arens. O espaço mantém um visual nostálgico: objetos retrôs e cadeiras antigas, inclusive, uma delas original com a data de 1950.
Neste sábado (3), é comemorado o Dia do Barbeiro e fomos conhecer a história do Fernando. Ele conta que a profissão nasceu no coração desde muito cedo. O avô tinha uma barbearia quando ele era criança, mas Fernando conta que, naquela época, barbeiro ganhava pouco, afinal, era comum cobrar apenas R$ 5 pelo serviço.
Foto: Carol Godoy/Tribuna de Jundiaí
Com o passar dos anos, Fernando acabou se aventurando em outras profissões. Porém, o sonho de ter sua própria barbearia crescia cada dia mais no coração.
Na internet, Fernando foi guardando diversas referências de barbearias antigas e, aos poucos, foi investindo na compra de alguns objetos. Com as inspirações, o sonho foi tomando forma. “Eu comecei a atender em casa mesmo. Ao longo do tempo, fui investindo e criando um espaço bem ‘old school’, algo tradicional, anos 60 e 70”, conta.
Foto: Carol Godoy/Tribuna de Jundiaí
A barbearia funciona com toda a estrutura que tem hoje há 2 anos e Fernando acredita que o mercado veio para ficar. “Eu achava que esse mercado ia acabar no ano passado, mas quem tem barba, opta pelo serviço que as barbearias oferecem. O mercado deu uma saturada por conta de empresários que não são do ramo, que investem e abrem barbearias, mas isso também aconteceu com as paleterias e hamburguerias”, diz.
Quando questionado sobre o que pode-se encontrar de diferencial no local, Fernando conta que fidelizou os clientes de uma só forma: “Diferencial? Não temos! O bom atendimento vale mais do que um corte bem executado”.
Foto: Carol Godoy/Tribuna de Jundiaí
Por mês, a barbearia atende cerca de 400 clientes. Fernando acredita que o ambiente criado no local também é um dos grandes responsáveis pelo sucesso e fidelização dos clientes. “O ambiente valoriza muito o serviço. Aqui é nostálgico. O cara ia na barbearia com o avô, com o pai”, conta.
Por lá, os clientes encontram pequenos e grandes confortos como toalha aquecida, cerveja, ar condicionado, um bom lugar para conversar e cadeiras confortáveis. Tudo com aquele clima de nostalgia no ar.
