Um casal e seus três filhos estão precisando de ajuda com dinheiro e mantimentos. Algumas pessoas interessadas se juntaram por meio das redes sociais para tentar ajudá-los.
O Tribuna de Jundiaí foi até a família, no Jardim Novo Horizonte, para saber mais sobre a situação. Para a nossa reportagem, o pai, visivelmente emocionado, contou que o que mais precisa no momento é de um emprego.
"Já fiz quatro entrevistas, mas até agora nada", disse Anderson. Questionado sobre qual área ele procurava emprego, ele foi direto. "Qualquer uma, qualquer coisa. Só preciso trabalhar".
Anderson tem 25 anos e sua mulher, Joice, tem 23. Os dois tem três filhos, com 1, 3 e 5 anos. Um dos pequenos precisa tomar leite Aptamil e outro sofre com problemas respiratórios. Sua esposa está com depressão e síndrome do pânico.
"Precisamos sair da casa onde estávamos e viemos para a casa da minha sogra, só que aqui são quatro adultos e sete crianças, não cabe todo mundo. Estamos procurando alguma casa para alugar, mas em todas pedem depósito de dois meses e não temos esse dinheiro", continuou.
Ele está tentando vender balas, paçoca e pipocas nos ônibus, mas o que recebe não é suficiente. "Já ouvi muitas humilhações, já me chamaram de mendigo, de vagabundo. Alguns já mandaram até eu roubar para parar de ficar vendendo alimentos nos ônibus. Mas eu vou sustentar meus filhos da maneira correta e honesta", afirmou.
Atualmente, os pequenos estão matriculados na escola da região e, por conta disso, a família recebe 300 reais do Bolsa Família, atualmente a única renda fixa mensal.
"Mas não dá para nada, só o leite do meu filho é 70 reais. Esse mês eu tinha 450 reais, mas precisei comprar remédios para as crianças e um inalador para o que tem problemas na respiração", continuou.
Eles pedem doação de qualquer espécie: roupas, alimentos, leite, fraldas e dinheiro. Grande parte do que a família tinha foi perdido durante a mudança, que foi feita nesta quinta-feira (25) após despejo. Eles precisaram andar pelas ruas, com chuva, para carregar tudo que tinham para a casa da sogra.
Mesmo sendo no mesmo bairro, perderam a cama, algumas roupas e até o botijão de gás, que foi furtado quando estava na calçada. Os doces que Anderson vendia nos ônibus também estragaram por conta da chuva.
O pai de família garante que o que não o deixa desistir são seus filhos. "Quando eu casei com a Joice e tive meus filhos foram os momentos mais felizes da minha vida. Minha vida não foi fácil, morei na rua dos 6 aos 15. Quando viemos para Jundiaí, quatro meses atrás, chegamos a ficar três dias na rua. Gostaria de ter uma oportunidade de emprego, porque quando temos oportunidades, nós voamos", disse.
Os interessados em ajudar com o que for possível, seja comida, roupa ou dinheiro, podem entrar em contato pelo WhatsApp (11) 94672-9043, número de Anderson e Joice.
