Na última sexta (31), o catarinense Victor Vicenzza, dono da marca de sapatos com o mesmo nome, decidiu seguir o candidato Jair Messias Bolsonaro no Instagram. Além disso, curtiu um post do candidato à presidência da república.
A movimentação foi o início de uma série de questionamentos sobre a postura da marca. O motivo: entre suas principais modelos figura a cantora drag queen Pabllo Vittar que usou itens da coleção de Vicenzza em trabalhos de divulgação recentes.
Com a repercussão, Vicenzza lançou, neste sábado (1), um pronunciamento no qual declara total apoio ao candidato (veja o texto na íntegra no fim da reportagem).
“Na minha opinião, não considero o Bolsonaro homofóbico. Por isso, não vejo conflito em ter a Pabllo Vittar como garota-propaganda”, disse em entrevista à Veja São Paulo. Ele conta que escolheu o candidato por “prezar pela honestidade”. Também disse que seus melhores amigos são gays.
Após a repercussão do caso, Pablo Vittar anunciou por meio de pronunciamento nas redes sociais que não trabalharia mais com a marca de Vicenzza. Confira:
"Desde o início da minha carreira, semrpe soube que seria muito difícil conseguir apoio de marcas que queriam se relacionar com uma artista lgbtqia+ drag que sou. Muitas portas se fecharam, mas algumas se abriram e com isso trabalhei até então com parceiros que sou muito grata. Deixo aqui meu agradecimento de apoio até agora, mas não poderei aliar meu trabalho a um discurso que deixa claro não se importar com os direitos humanos de toda comunidade lgbtqia+, a qual faço parte.
Adianto que foram produzidos alguns trabalhos já finalizados e distribuídos digitalmente desse meu novo álbum que contém peças de marcas que, a partir de agora, não vinculo mais a minha imagem", diz pronunciamento.
Ele, por outro lado, se diz chateado com a situação. “Você não espera que as pessoas que você apoiou virem seus inimigos do nada. Estou abalado”, comentou. O empresário diz que tentou contato com a cantora por WhatsApp desde ontem, mas não obteve resposta. Também diz ter sido bloqueado por ela no Instagram.
Nos comentários, o empresário é acusado de apoiar a causa LGBTQ apenas para lucrar. “Somos apenas uma marca que oferece produtos para eles”, disse. A empresa costuma oferecer saltos em tamanhos grandes, justamente para atingir esse público.
Nas peças publicitárias divulgadas na rede social da marca, há mensagens de empoderamento feminino e respeito à diversidade. Com a repercussão, ele diz que fará outros posts, dessa vez, a favor de seu candidato.
Segundo ele, outras famosas a exemplo de Cleo, Aretuza Lovi (que também rompeu relações com a etiqueta), Simaria e Ludmilla já usaram seus produtos.
Procurada, a assessoria de imprensa de Pabllo Vittar, disse que a cantora, por hora, não irá comentar o caso.
Victor Vicenzza também fez um pronunciamento. Confira na íntegra:
"Luto contra todo tipo de preconceito desde a crição desta empresa Isso não mudou e não mudará! A campanha Shinning teve exatamente este objetivo! Prezo pela honestidade, transparência, ética e moral.
Acredito que o Bolsonaro é o único candidato apropriado para liderar esta nação. Dessa forma, decidi apoiar publicamente a candidatura de Jair Messias Bolsonaro.
Quanto a questão de oportunismo, quero deixar claro minha opinião. Para que a minha, ou qualquer outra empresa, continue operando de forma sustentável, é necessário lutar contra todas as ideologias socialistas e comunistas que invadiram nosso país. Sendo assim, aproveito essa oportunidade para posicionar-me.
Pink Money. Se eu, Victor, estivesse exclusivamente pensando em dinheiro, sob hipótese alguma manifesteria publicamente meu posicionamento político. Estou junto na sua luta, por uman ação grande, próspera e unida!", disse.
Com informações da Veja.