Cinco jovens de Cabreúva, interior de São Paulo, foram selecionados pelo Instituto Plataforma Brasil junto com a Casa Anne Frank, para representarem o país em dois grandes eventos na Europa durante o mês de julho.
Richard Michael Américo, de 21 anos; Giovana Vitoria dos Santos Vilela, 17 anos; Weslei Lopes Ribeiro, 17 anos; Maria Luiza Pavani Benedeti, 19 anos e Luana Salvador, 18 anos, embarcaram no dia 10 de julho para um estágio no Museu Anne Frank em Amsterdã (Holanda) e para um encontro internacional que reunirá 80 jovens de 15 países durante uma semana, organizado pela Casa Anne Frank, em Berlim (Alemanha). A volta será em 4 de agosto.
Esses jovens, os únicos brasileiros que estarão nos eventos, fazem parte do Programa Educativo Anne Frank Cabreúva, projeto piloto iniciado pelo Instituto Plataforma Brasil (que representa a Casa Anne Frank no Brasil) em parceria com a Prefeitura da Cidade.
O Programa Educativo Anne Frank realiza ações educativas focadas em promover reflexões sobre os perigos da discriminação, do racismo e antissemitismo. E, ao mesmo tempo reforça a importância da liberdade, igualdade de direitos, democracia e do respeito às diferenças. Além disso, estimula a leitura e a escrita, por meio de atividades criativas, tendo Anne como exemplo.
No encontro da Alemanha, os estudantes não só se aprofundarão nos temas e trocarão experiências com jovens de outros países, como também desenharão um projeto em parceria para ser implantado em seus locais de atuação.
Antes da viagem, os jovens escolhidos foram capacitados para utilizar o Toolkit, um conjunto de atividades com informações aprofundadas sobre a história de Anne Frank, bem como atividades educacionais bem-sucedidas para a faixa etária entre 13 e 18 anos.
O conteúdo é dividido em cinco seções – APRENDER, PLANEJAR, PREPARAR, ENSINAR E RESPONDER–, que abordam as diferentes etapas da organização de sua atividade educacional. Ao usar este kit de atividades, o jovem ganha mais confiança para trabalhar com o grupo e transmitir o que aprendeu nas comunidades em que vivem.
A Casa Anne Frank leva o nome e foi fundada para manter vivo o espírito da menina que, durante a Segunda Guerra Mundial, viveu escondida por mais de dois anos num anexo secreto em Amsterdã junto com sua família para tentar escapar da perseguição nazista aos judeus.
A Casa Anne Frank no Brasil é representada pelo IPB – Instituto Plataforma Brasil, que desde sua criação em 1993, oferece oportunidades de desenvolvimento humano por meio de ações socioeducativas e diálogos interculturais. A organização desenvolve projetos que contribuem para mudanças sociais necessárias para a construção de um mundo sustentável.
As ações são focadas em crianças e jovens, especialmente aqueles com poucas oportunidades. Ao longo de 25 anos de atuação o IPB criou mais de 100 projetos culturais e esportivos. Por meio da representação Casa Anne Frank o IPB já atingiu um público de aproximadamente 650.000 visitantes das exposições Anne Frank e formou 1000 jovens como monitores educadores.